Deputado Goura (PDT) homenageia participantes dos plantios de Juçara e Araucária na 2ª Jornada da Natureza do MST-PR Parlamentar entregou os diplomas de menção honrosa nesta segunda-feira (24).

25/06/2024 11h21 | por Assessoria Parlamentar
Deputado Goura (PDT) e os participantes da semeadura de palmeira Juçara e pinheiro Araucária feita durante a “2ª Jornada da Natureza: semeando vida para enfrentar a crise ambiental”.

Deputado Goura (PDT) e os participantes da semeadura de palmeira Juçara e pinheiro Araucária feita durante a “2ª Jornada da Natureza: semeando vida para enfrentar a crise ambiental”.Créditos: Orlando Kissner/Alep

Deputado Goura (PDT) e os participantes da semeadura de palmeira Juçara e pinheiro Araucária feita durante a “2ª Jornada da Natureza: semeando vida para enfrentar a crise ambiental”.

No Dia Nacional da Araucária, celebrado nesta segunda-feira, 24 de junho, o deputado estadual Goura homenageou com diplomas de menção honrosa da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) os participantes da semeadura de palmeira Juçara e pinheiro Araucária feita durante a “2ª Jornada da Natureza: semeando vida para enfrentar a crise ambiental”, promovida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no Paraná (MST-PR), com o apoio de órgãos públicos e universidades federais, no período de 3 a 7 de junho.

“Neste Dia Nacional da Araucária, nada é mais apropriado do que homenagear o MST-Paraná, a Terra Indígena Rio das Cobras e as instituições parceiras pela realização da semeadura, de forma aérea, das doze toneladas de sementes da palmeira Juçara e pinheiro Araucária feita nesta “2ª Jornada da Natureza”, destacou o deputado Goura ao falar da Tribuna do Plenário da Alep.

As sementes foram dispersas nas Comunidades de Reforma Agrária Dom Tomás Balduíno e Assentamento Celso Furtado, em Quedas do Iguaçu; no Assentamento Nova Geração e na Comunidade Nova Aliança, em Guarapuava e Pinhão; na Comunidade José Lutzenberger, em Antonina e na Terra Indígena Rio das Cobras, em Nova Laranjeiras. “O plantio das sementes faz parte do sonho de termos as florestas em pé e mesa farta para todos”, disse Goura.

Restauração da natureza

“Na defesa da Mata Atlântica precisamos, além de combater o desmatamento, ter ações de restauração das áreas degradadas como essa promovida pelo MST-PR e as instituições parceiras”, afirmou Goura. “Esse plantio de sementes de palmeira Juçara e pinheiro Araucária tem importância primordial para que as áreas de florestas de Mata Atlântica se regenerem”, completou.  

Ele destacou que a 2ª Jornada da Natureza aconteceu num período entre o Dia da Mata Atlântica, celebrado em 27 de maio, e o Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho. “São datas significativas que dão maior valor simbólico as ações desenvolvidas pelas comunidades camponesas, caiçaras, quilombolas, indígenas e de faxinais.”

Goura lembrou que participou da ação feita no Assentamento José Lutzenberger, em Antonina. “Foi emocionante sobrevoar a área da comunidade que está sendo regenerada. Foi muito especial estar naquele local, que fica muito próximo ao Pico Paraná, nas bordas da Serra do Mar, naquele dia 7 de junho, uma linda sexta-feira de sol”, declarou.

PL da Palmeira Juçara

O deputado recordou que foi depois de participar da1ª Jornada da Natureza, em 2023, que surgiu a ideia de se criar um projeto de lei de incentivo ao plantio da palmeira Juçara no Paraná. “O projeto de lei 569/2023 está atualmente na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e depois seguirá para as comissões de Meio Ambiente e Agricultura, até ser discutido e votado no Plenário dessa Assembleia”, informou.

Palmeira e pinheiro

A palmeira Juçara e o pinheiro Araucária, espécies importantes da Mata Atlântica, são classificadas como vulneráveis e constam na Lista Oficial de Espécie da Flora Brasileira em Extinção. “Em torno da juçara e do pinhão se desenvolvem diversos processos ecológicos essenciais, como alimentação da fauna e a sucessão ecológica. Além de integrar culturalmente povos originários e camponeses, é considerado um alimento de alta qualidade e valor nutricional”, explicou Goura.

Homenageados

Foram homenageados com diploma de menção honrosa da Alep o superintendente da Polícia Rodoviária Federal do Paraná (PRF-PR), Fernando César Oliveira; o comandante piloto da PRF-PR, Juliano Kunen; o copiloto da PRF-PR, Izael Arsie; o operador aerotático da PRF-PR, Kaio Simões; o operador aerotático da PRF-PR, Cristian Alves de Lara e o comunicador social da PRF-PR, André Filgueira.

“A aeronave que utilizamos nos sobrevoos para a semeaduras foi adquirida com recursos oriundos das multas por crimes ambientais, então, nada mais justo que agora ajude recuperar áreas degradadas. Por isso, a PRF está junto aos movimentos sociais nesse projeto”, disse o superintendente Fernando Oliveira.

Também receberam a menção honrosa o integrante da Coordenação Nacional do MST e um dos coordenadores da Jornada da Natureza, Roberto Baggio, o superintendente substituto do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis do Paraná (IBAMA Paraná), Ralph Albuquerque, e ao cacique da Terra Indígena Rio das Cobras, Ângelo Rufino.

“As ações nesta 2ª Jornada da Natureza cumpriram com louvor sua missão e o seu propósito de propagar a vida”, destacou Roberto Baggio do MST-PR.

“Sete anos atrás a gente dizer que iria plantar árvores numa região de monocultura e de grandes áreas soava como heresia. Hoje estamos aqui comemorando o plantio de árvores nativas. São mais de 11 mil mudas por hectare. Por isso, se tivermos políticas públicas e incentivo podemos regenerar a natureza destruída”, afirmou o professor Julian Perez-Cassarinno do Laboratório Vivan de Sistemas Agroflorestais da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS).

Assim como os representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária do Paraná (Incra-PR); da Companhia Nacional de Abastecimento do Paraná (Conab-PR); da Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Laranjeiras do Sul – UFFS; Laboratório VIVAN de Sistemas Agroflorestais da UFFS – Campus Laranjeiras do Sul; do Programa de Pós Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável (PPGADR) da UFFS; do Curso de Ciências Biológicas da Pontifícia Universidade Católica do Paraná e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária do Paraná – Florestas (Embrapa-Florestas).

“A nossa participação neste processo de plantio de árvores nativas nos coloca numa nova fase em que a agricultura familiar estará na nossa carteira de projetos de desenvolvimento e proteção do meio ambiente”, destacou Marcelo Francia Arco da Embrapa Florestas.

 

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