Suspeitos negam irregularidades durante vacinação contra a Covid-19 em Rio Branco do Sul Acusados de terem furado a fila de imunização prestaram depoimento na Comissão Especial da Assembleia Legislativa que apura possíveis fraudes na ordem de imunização.

11/05/2021 13h38 | por Thiago Alonso
Comissão Especial ouviu suspeitos de terem furado fila da vacinação em Rio Branco do Sul.

Comissão Especial ouviu suspeitos de terem furado fila da vacinação em Rio Branco do Sul.Créditos: Dálie Felberg/Alep

Comissão Especial ouviu suspeitos de terem furado fila da vacinação em Rio Branco do Sul.

Comissão Especial ouviu suspeitos de terem furado fila da vacinação em Rio Branco do SulCréditos: Reprodução

Comissão Especial ouviu suspeitos de terem furado fila da vacinação em Rio Branco do Sul

Comissão Especial ouviu suspeitos de terem furado fila da vacinação em Rio Branco do Sul.Créditos: Reprodução

Comissão Especial ouviu suspeitos de terem furado fila da vacinação em Rio Branco do Sul.

Suspeitos de terem furado a fila de vacinação contra a Covid-19 no município de Rio Branco do Sul negaram irregularidades no processo. Os denunciados foram ouvidos nesta terça-feira (11) pela Comissão Especial da Assembleia Legislativa do Paraná, que apura possíveis fraudes de vacinação contra a doença no Estado. Os nomes ouvidos pelos parlamentares fazem parte de uma lista encaminhada pela prefeita da cidade da Região Metropolitana de Curitiba (RMC), Karime Fayad, ao Ministério Público do Estado do Paraná (MP-PR). A cidade recebeu a primeira diligência da Comissão no fim de abril.

Prestaram depoimentos proprietários de clínicas, familiares e pessoas suspeitas de terem furado a fila de vacinação. Uma dentista e proprietária uma clínica odontológica ouvida pela Comissão negou qualquer irregularidade no fato de ter acrescentado os pais na listagem para receber a vacina. De acordo com ela, os dois, que também prestaram depoimento, foram incluídos no plano de imunização por trabalharem na clínica, descrita pela profissional como “familiar”.

Já uma mulher de 34 anos também vacinada justificou o fato por estar trabalhando em um laboratório da área da saúde durante o período em que recebeu uma dose do imunizante. Uma terceira suspeita, que incluiu na lista de vacinação um adolescente de 17 anos, preferiu não prestar depoimento. A informação é de que ele era estagiário no estabelecimento.

De acordo com o presidente do grupo de trabalho, deputado Delegado Francischini (PSL), o objetivo da Comissão é melhorar os protocolos que determinam quais pessoas têm direto à prioridade na vacinação contra o novo coronavírus. “Vimos casos graves que podem se repetir no Estado, o de proprietários que comandam clinicas de saúde colocar nomes de pessoas que suspostamente trabalham para poder burlar a fila de vacinação. São casos que tiram credibilidade da fila de pessoas que, por idade ou comorbidade, esperam sua vez. Ao final, vamos tirar uma proposta legislativa que acabe com a possibilidade de se furar a fila”, explicou o parlamentar. Também participaram da reunião os deputados membros da comissão Nelson Justus (DEM) e Arilson Chiorato (PT).

Município – A prefeita de Rio Branco do Sul, Karime Fayad, explicou que o município segue as determinações do Plano Estadual de Imunização para vacinar sua população. De acordo com ela, na documentação enviada para os estabelecimentos de saúde indicar as pessoas aptas a serem vacinadas, está claro a informação de que os profissionais “devem estar ativos e trabalhando”. “No documento está claro quem tinha direito a vacina. Não se pode justificar dizendo que não havia clareza. Estamos promovendo a vacinação com total transparência”, explicou a prefeita.

O secretário de Saúde da cidade, Rafaele Tozzo, afirmou que a responsabilidade de preenchimento da documentação indicando as pessoas com direito à vacina era dos próprios estabelecimentos de saúde. Segundo ele, por causa do número reduzido de funcionários, é impossível para a Secretaria checar a veracidade das informações.

A Comissão Especial da Assembleia já encaminhou também requerimentos pedindo informações a diversos órgãos de controle. O objetivo é recolher o maior número de elementos e cruzar dados que indiquem possíveis irregularidades. Os pedidos são para o Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR), Tribunal de Contas de União (TCU), Controladoria Geral do Estado (CGE), Controladoria Geral da União (CGU), Secretaria de Estado da Saúde, Ouvidoria do Ministério da Saúde e às promotorias de Proteção ao Patrimônio Público e Ordem Tributária e de Proteção da Saúde do Ministério Público do Paraná.

Nesta reunião também foram aprovados dois requerimentos. Um autorizando a realização de uma diligência na cidade de Umuarama e outro direcionado à Prefeitura de Curitiba e à Secretaria Municipal de Saúde sobre a vacinação de trabalhadores de empresas de plano de saúde.

Membros – Além dos participantes, também são titulares da Comissão os deputados Hussein Bakri (PSD), Tiago Amaral (PSB), Michele Caputo (PSDB) e Delegado Jacovós (PL). Os suplentes são Emerson Bacil (PSL), Artagão Junior (PSB), Paulo Litro (PSDB), Tadeu Veneri (PT), Anibelli Neto (MDB) e Galo (PODE).

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