14/04/2005 14h36 | por Flávia Prazeres
Para Editoria de PolíticaDistribuído em 14/04/2005Jornalista: Flávia PrazeresRATINHO SONHA COM O GOVERNO DO ESTADO EQUER POLÍTICA MAIS AREJADA NO PARANÁO interesse do deputado Ratinho Junior pela política foi despertado em sua infância ao acompanhar o seu pai, Carlos Roberto Massa, o apresentador Ratinho, que foi vereador por três mandatos e também deputado federal. Aos 16 anos de idade deu seus primeiros passos rumo à vida pública fazendo programas no rádio. Para ele, a experiência possibilitou a interação com a sociedade e com as causas sociais. Ratinho Junior foi eleito pelo PSB, mas devido a divergências internas migrou para o PPS. Segundo ele, o PPS se assemelha com o seu partido de origem do ponto de vista ideológico. O deputado acrescenta que a liderança de Rubens Bueno também foi levada em conta para essa mudança. Ainda no início de sua vida política, o deputado afirma que trabalha “com estratégia e com os olhos voltados para o futuro”.“Pretendo fazer uma carreira política com o apoio da população e com muito trabalho. Dentre as minhas metas está exercer um mandato de deputado federal, se possível passar por uma prefeitura e alcançar o Governo do Estado”, revela. A vaga na Câmara Federal, antecipa Ratinho Junior, será disputada já em 2006. Mas, mesmo com uma vida pública planejada, ele declara que a política às vezes pode ser decepcionante, principalmente quando a compara a iniciativa privada. Na opinião do deputado, a política é, muitas vezes, “burocrática”. Ao falar do seu pai, o define como um dos seus maiores incentivadores, “uma pessoa experiente”, em quem ele diz depositar total confiança e de quem ouve conselhos. No Poder Legislativo o deputado revela ter aprendido muito nestes dois anos e destaca o fato de, aos 23 anos, ter assumido a vice-presidência da Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante da Casa. Na função, o deputado, juntamente com os demais integrantes, tem tentado agilizar os trabalhos da Comissão. Logo no inicio de seu mandato Ratinho Junior foi o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito da Copel. Ele afirma que tal experiência foi significante, principalmente pelo fato de as investigações se concentrarem sobre irregularidades que teriam trazido prejuízos financeiros à empresa. “O encaminhamento do relatório final da CPI à Justiça ocasionou a prisão de três ex-secretários do governo passado, mais de 41 pessoas foram indiciadas, além do rompimento de contratos obscuros”, comenta.Outro fato que ele aponta como importante em seu mandato foi a criação de lei estadual que repercutiu em todo o país. A lei instituiu o bônus pecuniário aos policiais e uma quantia de R$ 100,00 a cada arma apreendida, medida que acabou sendo estendida a toda a população. “Fiquei surpreso e feliz por sua repercussão nacional, já que é a primeira vez que um deputado estadual cria uma lei que toma proporção federal. Se esta lei tiver salvado uma vida já terá valido a pena”, ressalta.Política Nacional e FederalAo falar de lideranças políticas e de pessoas que ele admira o deputado cita, além de Rubens Bueno, o presidente nacional do PPS, Roberto Freire. Sobre o cenário político do Paraná, Ratinho Junior é da opinião de que “o paranaense quer uma nova cara, até porque se analisarmos o coronelismo existente no Nordeste não é muito diferente da realidade do Paraná”. Ele justifica sua observação lembrando que “nos últimos 25 anos, duas décadas e meia, o Estado vem sendo governado por quatro famílias: Richa, Dias, Requião e Lerner”, afirma.Projetos de Lei Dentre suas realizações o deputado destaca o projeto que ele recentemente apresentou sobre a Consolidação das Leis do Estado do Paraná. “A Assembléia Legislativa do Paraná será a primeira do país a apresentar esta iniciativa”, afirma. Para a realização deste trabalho será formada uma Comissão de catalogação das cerca de 15 mil leis estaduais, de forma que seja facilitado o trabalho dos legisladores e pesquisadores. Outra lei de sua autoria é a que protege os animais, ao proibir a realização da cirurgia de cordotomia, o corte das pregas vocais, realizado para evitar que cães, por exemplo, incomodem os vizinhos em prédios residenciais. A medida impõe multa de 5.000 Ufirs, o que equivale a R$ 8.200 mil, ao veterinário que realizar a operação. Além disso, prevê a cassação da licença médica. “Tenho vontade de desenvolver um trabalho e fazer algo pelo país”, afirma o deputado. “Eu não vou esperar que o Brasil faça alguma coisa por mim, eu quero fazer alguma coisa pelo país e espero poder estar fazendo”, conclui.