Para o deputado Goura, a aprovação representa que o Paraná dá um exemplo de vanguarda na política ambiental registrando a extração de energia de forma altamente poluente.
(sonora)
O texto também prevê a revogação de uma Lei Estadual de 2016, que suspendia a exploração do gás de xisto pelo método fracking por um período de dez anos no estado. A lei era fruto de um projeto de lei assinado pelos deputados Marcio Pacheco (PDT), Cristina Silvestri (PPS); pelo deputado estadual licenciado e atual secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Marcio Nunes (PSD); pelo deputado estadual licenciado e atual secretário-chefe da Casa Civil, Guto Silva (PSD); pelo ex-deputado estadual e hoje deputado federal, Schiavinato (PP); e pelos ex-deputados Rasca Rodrigues e Fernando Scanavaca.
O fracking ou fraturamento hidráulico, é uma técnica utilizada para realizar perfurações de mais de 3,2 mil metros de profundidade no solo para a extração de gás de xisto. A diferença entre essa técnica, considerada não-convencional, e a convencional é que ela consegue acessar as rochas mais profundas no subsolo e, consequentemente, explorar reservatórios que antes eram impossíveis de ser atingidos.
O problema é que por meio da tubulação instalada nessas perfurações, é injetada uma grande quantidade de água em conjunto com solventes químicos comprimidos – alguns até mesmo com potencial cancerígeno. A grande pressão gerada por essa água é que provoca explosões que fragmentam as rochas. Às vezes, as fraturas são criadas por gases injetáveis, entre eles, o propano e nitrogênio. No entanto, existem outras formas de fraturar poços para extração de gás xisto.
Alguns estudos mostram que mais de 90% de fluidos resultantes do fracking podem permanecer no subsolo e causar impactos como a contaminação do solo, ar e lençóis de água subterrânea.