24/04/2007 17h21 | por Assessoria de Imprensa / (41) 3350-4193 - 9935-1245
O lider da Oposição na Assembléia, Valdir Rossoni (PSDB), rebateu nesta terça-feira (24) as afirmações do diretor da Central de Medicamentos do Paraná (Cemepar), Paulo Tadeu Almeida, que atribuiu a falta de remédios nas prateleiras das farmácias especiais ao atraso da aprovação do Orçamento na Assembléia Legislativa.Segundo entrevista de Almeida na rádio Bandnews, os deputados teriam parte da responsabilidade pelo problema uma vez que não teriam cumprido os prazos para a aprovação do Orçamento do Paraná relativo ao exercício de 2007 e, conseqüentemente, impedido a Cemepar de efetuar as compras de remédios no início do mês passado.“Essa demora na aprovação do Orçamento pela Assembléia Legislativa é que causou basicamente a demora nas compras de todo o estado, não só de medicação. Evidentemente que essa questão é a que mais nos preocupa porque está diretamente relacionada à vida das pessoas”, afirmou Almeida.Rossoni diz que a afirmação do diretor da Cemepar é uma inverdade e caracteriza mais uma “cortina de fumaça” para tentar encobrir a incompetência do governo no caso.O Orçamento de 2007 foi aprovado, em redação final, em 15 de dezembro do ano passado, e a lei 15.339 relativa à receita orçamentária publicada na edição número 7375 do Diário Oficial em 22 de dezembro, ou seja, dentro do prazo legal.De acordo com Rossoni, desde que o protesto de portadores do Mal de Parkinson em frente ao Palácio Iguaçu expôs as mazelas do governo do Paraná no trato com os doentes, o Palácio Iguaçu vem tentando escapar das responsabilidades. Primeiro, manteve o silêncio sobre o caso. Depois, passou a culpar terceiros. Hoje, o diretor da Cemepar repetiu a mesma justificativa do governo apresentada quando a crise já estava estabelecida.Na entrevista, afirmou que a falta de remédios excepcionais foi um situação atípica, provocada por novas regras impostas pelo Ministério da Saúde. Outro motivo, segundo Almeida, seria a determinação de compras de medicamentos especiais por mandados, o que obriga o poder público a adquirir e fornecer a cidadãos que recorrem ao Judiciário.Há pouco mais de um mês, um decreto-lei do governador Roberto Requião determinou que os remédios excepcionais só poderiam ser adquiridos mediante sua assinatura.Em meio a repercussão negativa e a intervenção do prefeito de Curitiba, Beto Richa, que anunciou auxílio emergencial do município, o governador autorizou a liberação de R$ 5 milhões para a compra de 45 medicamentos excepcionais. As prateleiras, no entanto, só devem ser abastecidas na segunda quinzena de maio.