16/10/2007 15h24 | por
O Paraná precisa adotar uma política mais agressiva para competir com os benefícios concedidos pelos estados vizinhos – Santa Catarina e São Paulo. O momento para esse governo atrair empresas com incentivos fiscais para gerar riqueza empregos é agora. O setor industrial está investindo pesado, mas o governo está perdido e não faz nada para atrair essas empresas. Na guerra fiscal, por causa da inércia de Requião, o Paraná só está levando chumbo", disse Rossoni. O deputado citou como exemplo o setor madeireiro em que haverá fuga de R$ 250 milhões em investimentos para outros estados por falta de incentivo do governo estadual. "Tem empresas que estão indo para Santa Catarina por opção. Se continuar a investir no Paraná não terão condições de competir no mercado e a falência é certa. Teríamos que ter aqui uma política agressiva para competir com esses estados para não perdermos nossas unidades industriais", alertou. O deputado Reni Pereira (PSB) também se mostrou preocupado com a passividade do governo em não agir de imediato na guerra fiscal com os estados vizinhos. "Os governos de Santa Catarina e São Paulo não estão preocupados com a constitucionalidade dos benefícios. Eles querem manter as empresas e os empregos no estado a todo custo", afirmou. Pereira lembrou ainda que várias empresas importadoras do estado se transferiram para Santa Catarina porque naquele estado existe o benefício também para importações terrestres. "Temos a lei a Lei ‘Aníbal Cury’ que garante os mesmos benefícios concedidos por outros estados para empresas que se instalem no Paraná, basta colocar a lei em prática. A fuga de investimentos é ruim para o estado, faz com que a arrecadação diminua. Já caiu em 2006, está caindo em 2007 e o governo não muda a postura", ressaltou. Requião está sendo salvo pela “herança maldita” (box) “As montadoras multinacionais atraídas pelo governo Jaime Lerner à base de incentivos fiscais, uma política que foi atacada com unhas e dentes por Requião, estão salvando o atual governo da falência”, disse o deputado Valdir Rossoni (PSDB). O líder da Oposição lembrou que a arrecadação de ICMS do setor automotivo é uma das grandes fontes de receita do governo do Paraná. E essa arrecadação vem crescendo com regularidade. Era de R$ 348 milhões em 2004, passou para R$ 352 milhões em 2005, saltou para R$ 407 milhões em 2006 e já arrecadou R$ 483 milhões em 2007. O deputado Élio Rusch (DEM) lembrou que os benefícios fiscais concedidos no governo Lerner e tão criticados por Requião estão sendo a salvação do atual governo. "Hoje o Paraná colhe frutos da agressividade de governos anteriores na guerra fiscal. São mais de R$ 1,5 bilhão que o estado recebeu das montadoras somente em impostos", completou.