Feira de Tecnologia 60+ promovido pelo Conselho de Ações Solidárias e Voluntariado, Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar), Assembleia Legislativa do Paraná e Governo do Estado, aconteceu, nesta quarta-feira (11), no Plenarinho da Assembleia oferecendo aos participantes interações sem as limitações físicas do mundo real através de dispositivos dedicados, como óculos de realidade virtual e robô social autônomo.
O evento contou com uma palestra sobre o metaverso e experiências interativas. Quem esteve na Feira pôde conhecer o robô mascote da Celepar, Marvin, utilizar os óculos 3D e observar como uma impressora 3D funciona, além de ter à disposição técnicos da Celepar que esclareceram dúvidas sobre as funções dos aparelhos celulares, muitas vezes, barreiras para que idosos possam aproveitar ao máximo a tecnologia que cada um deles tem em mãos.
A presidente do Conselho de Ações Solidárias e Voluntariado da Assembleia Legislativa, senhora Rose Traiano, destacou a inclusão social e digital que estes eventos promoveram aos idosos durante o ano todo. “Não temos como falar em inclusão se não trouxermos informação. Hoje a Celepar trouxe o Robô Marvin, impressoras 3D, entre outras coisas, porque nós queremos despertar este interesse, mostrando todo esse universo tecnológico para que os nossos idosos possam sim, estarem inseridos e fazerem parte desta sociedade moderna”.
A coordenadora de Sustentabilidade Social da Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar), senhora Luciana Becker comentou sobre a satisfação de realizar a Feira de Tecnologia 60+. “A nossa intenção com esta Feira é o de trazer novos conceitos de tecnologia para os idosos. Em outras oportunidades trabalhamos com cursos de capacitação para bom uso de smartphone e agora estamos trabalhando com conceitos de metaverso, realidade virtual, inteligência artificial, etc. Trouxemos o Robô Marvin, as impressoras 3D, a caixa holográfica e os óculos 3D. então a ideia é trazer vários conceitos e experiências para que os 60+ posam conhecer um pouquinho mais de toda essa tecnologia”.
Inclusão social e digital
Já o palestrante do dia e analista técnico de apoio organizacional da Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar), Leandro Lemon Munari Santin, disse que essa palestra é uma adaptação para o público 60+ das palestras já ministradas pela Celepar aos alunos de ensino médio. “Na Companhia temos o Celepar Experience que traz algumas palestras, dentre elas a que fala sobre realidade virtual e metaverso. Adaptei esse conteúdo para o público 60+ para demonstrar e para eles conhecerem um pouco mais sobre o metaverso e estas novas tendências tecnológicas que a gente tem brotando na atualidade. Para o público 60+ é necessário que eles saiam conviver com tudo que os mais jovens convivem e que eles entendam o que está acontecendo e eles saibam lidar com situações que podem surgir na vida deles, por exemplo, um avô vê um neto brincando com um óculos de realidade virtual, ele tem a opção de não saber o que é aquilo e achar um horror por não entender o que está acontecendo, ou decidir interagir e até participar da brincadeira com aquele neto, e isso gera mais conexão, mais afeto e mais interatividade”.
A tecnologia está presente na vida da maioria das pessoas e seu uso cresce exponencialmente. Os que não se adaptam aos recursos digitais acabam sendo, de certa forma, excluídos da sociedade contemporânea. Por isso, os idosos precisam se habituar, cada vez mais, às novas tendências tecnológicas.
O aposentado de 66 anos, Messias Martins, participou da Feira, ao chegar foi saudado pelo Robô Marvin, assistiu a palestra, observou uma impressora 3D funcionar e experimentou os óculos de realidade virtual. “Usar estes óculos para mim foi apavorante, parecia muito real, porque eu tenho medo de altura, para os outros eu não sei, mas comigo foi horrível, acelerou o coração e me deu palpitações”. Sobre o interesse em vir na Assembleia participar da Feira, o senhor Messias comentou que “não aguentava mais ficar pedindo para o meu filho fazer tudo para mim, eu quero me aprofundar e eu mesmo fazer as coisas na internet e com celular. Tenho que aprender sempre para não cair em golpe da internet que tem acontecido com frequência. Isso tudo é o que me motiva a continuar aprendendo e toda a oportunidade que eu tiver para aprender, certamente eu vou”.