Prezadas Senhoras Deputadas
Prezados Senhores Deputados
Caros Servidores desta Casa
Meus Amigos do Paraná
Minhas Senhoras
Meus Senhores
Esperança!
Quando se tem esperança, tudo faz sentido; quando se perde a esperança, o futuro se torna incerto.
Esperança!
Foi esta palavra que os brasileiros elegeram como a Palavra do Ano de 2022, em pesquisa do Instituto Ideia.
Faz sentido.
Depois de dois anos de privações – na vida familiar, nas relações sociais e no trabalho – 2022 foi o ano da transição: da liberdade restrita para a liberdade plena.
Depois de dois anos de perdas – em vidas humanas, na educação e em postos de trabalho – 2022 foi o ano da retomada: gradual mas segura.
A pandemia nos impôs desafios nunca antes enfrentados e mudou a vida de forma indelével.
Nossa capacidade de adaptação à realidade foi posta à prova.
Nossa competência de lidar com a crise foi testada no limite máximo.
Nossa vocação para o trabalho foi desafiada diariamente.
Nossa habilidade política foi exigida em sua plenitude.
A cada desafio, a cada obstáculo respondemos com criatividade, persistência e muito trabalho.
Saímos mais fortes, mais solidários e mais preparados para a enorme tarefa de devolver à vida seu curso normal – ainda que diferente do habitual.
Frustar a Esperança coletiva não é uma alternativa que devemos sequer considerar.
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Assim, 2023 é o primeiro ano de uma nova jornada, de um novo tempo.
Jornada que começa com importantes conquistas: o Paraná superou a pandemia com mérito, manteve-se na vanguarda e tornou-se a quarta economia do Brasil.
Resultados que são produto de uma equação coletiva: a soma da nossa pró-atividade e a multiplicação do trabalho – mesmo quando tivemos de fazer tudo isso de forma remota.
Foram as múltiplas e coordenadas ações dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário que permitiram ao Paraná superar, uma a uma, as urgências que a pandemia nos impôs.
Urgências que foram agravadas pela crise hídrica que castigou o Paraná com racionamento de água por exatos 649 dias – quase dois anos – e a guerra na Ucrânia, que nos privou do acesso a fertilizantes para nossa rica e imprescindível produção agrícola.
Mas a superação desse quadro dramático só se deu com a inestimável contribuição e compreensão do setor produtivo e da sociedade paranaense.
Esta Casa que, por definição, é a síntese do pensamento da maioria dos paranaenses deu o indispensável suporte legal para viabilizar as decisões do Estado.
Por isso, nada mais justo do que registrar aqui um efusivo agradecimento da Assembleia Legislativa do Paraná a todos os paranaenses: vocês fizeram a diferença na batalha contra um inimigo desconhecido e mortal.
Vencemos todos! E isso não há o que pague!
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Ao assumir a presidência desta Casa pela primeira vez em 2015 eu afirmei que “um homem sozinho não pode fazer todas as leis, pois isso seria uma ditadura; um homem sozinho não pode reunir todo o conhecimento e sabedoria, pois isso seria imitar o poder divino; um homem sozinho não pode ter sempre razão, pois isso seria pura arrogância.”
Disse mais: disse “que aqui os diferentes se tornam iguais no propósito de buscar uma vida melhor para todos e que nossas divergências são menores que nossa disposição ao diálogo e ao entendimento.
Segui à risca a disciplina que me impus para devolver a esta Casa a harmonia plena e seu papel determinante no desenvolvimento do Paraná.
Hoje, é fato de domínio público que a Assembleia Legislativa do Paraná teve, tem e terá sempre um papel decisivo na construção do Paraná que queremos e merecemos.
Por isso reafirmo minha crença de que, nesta Casa, não há obstáculos intransponíveis; não há debates que não produzam avanços; não há tabus que resistam ao crivo da análise sempre serena e propositiva.
Com independência e liberdade esta Casa há de persistir em sua missão constitucional de entregar o ordenamento legal que norteia as decisões de todos os poderes e a conduta da sociedade.
A Assembleia é um colegiado de 54 deputadas e deputados, centenas de servidores e um conjunto de ferramentas trabalhando em harmonia para obter o melhor resultado possível.
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Ao iniciarmos este período legislativo dou as boas-vindas aos novos parlamentares. Toda nossa estrutura e experiência está à disposição para o exercício do mandato que lhes foi conferido pelos paranaenses.
Aos que renovaram seus mandatos peço que continuem com o mesmo espírito da boa convivência e da defesa dos valores que regem os trabalhos desta Casa.
Também peço que sejam solidários, emprestando aos iniciantes o conhecimento que acumularam. Somos um só time: os mais experientes ajudam os menos experientes. E o Paraná ganha.
Aos que chegam e aos que permanecem reitero os compromissos imutáveis da Mesa Diretora:
- Defesa constante do mandato dos parlamentares, indistintamente;
- Defesa serena do Poder Legislativo como ponto de equilíbrio da sociedade e base da democracia;
- Respeito ao Regimento Interno, às Constituições Federal e Estadual, e a todas as leis;
- Defesa dos servidores da Casa – sem eles, o exercício do mandato seria prejudicado;
- Segurança e condições de trabalho aos parlamentares;
- Praticidade na solução dos problemas;
- Transparência total de todos os atos;
- Investimento constante para manter o Poder Legislativo atualizado em infraestrutura e tecnologia.
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Por princípio, desde 2015 adotamos na presidência uma prática que se tornou norma de conduta: ninguém sem resposta!
Toda pergunta, toda demanda, toda crítica tem de ser respondida com precisão, agilidade e cortesia.
Tenho certeza que este foi um fator determinante para o sucesso das quatro gestões que tive a honra de liderar como presidente.
Sabemos que a boa performance não vem por acaso: é construída com a manifestação das intenções e as consequentes ações para sua materialização.
Fizemos isso, desde o primeiro dia, cumprindo um a um os compromissos assumidos.
Fizemos mais: fizemos uma gestão aberta às sugestões que contribuem para melhorar os serviços prestados pela Assembleia Legislativa.
Todo cidadão, toda instituição tem o direito de propor melhorias; o poder legislativo tem o dever de avaliar todas as sugestões.
Quanto mais cabeças pensam, mais próximos estaremos de acertar em nossas decisões.
Eis aqui a política que queremos para o Paraná: simples, eficiente e descomplicada – com todos trabalhando pelos mesmos propósitos.
Conseguimos isso porque seguimos os princípios que sustentam a boa ação política: honestidade intelectual, rigor técnico, disciplina legal e idoneidade moral.
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Meus amigos,
Completei em janeiro 70 anos – 41 deles dedicados à vida pública. Fui vereador, prefeito, deputado estadual e governador em exercício por três vezes.
Todos esses cargos têm em comum duas responsabilidades indissociáveis: representar a população do Paraná, e tomar decisões em seu nome.
Nada angustia mais o ser humano do que a dúvida de fazer escolhas que afetam a vida alheia.
Ao assumir a política como vocação profissional, ainda jovem, sonhava em fazer a diferença num mundo em que a indiferença é um comportamento corriqueiro.
De todos os cargos, o de presidente desta Casa é o que mais me desafiou – mas também o que mais me recompensou.
É um desafio diferente: uma vez iniciado nunca mais termina. Porque a atividade parlamentar exige articulação, negociação, mediação, pacificação. Enfim, exige muita conversa. Tudo isso o tempo todo.
Mas eu tive a sorte de contar com a serenidade, seriedade e civilidade de todos os parlamentares que fizeram e fazem parte desta Casa.
Eu estou aqui há 32 anos – começo hoje meu nono mandato. Foram muitos os momentos de recompensa, mas nenhum deles se compara ao que aconteceu hoje.
Receber a unanimidade dos votos das senhoras deputadas e dos senhores deputados é um reconhecimento que, ao mesmo tempo que me emociona, volta a me desafiar – com mais trabalho e mais responsabilidade. Pois, que assim seja.
Como nada se faz sozinho, tenho o dever de agradecer a cada deputada, a cada deputado que emprestaram talento e vocação para fazer esta Casa cumprir seu papel.
Muito obrigado, de coração.
Da mesma forma, o apoio do Executivo, do Judiciário, do Ministério Público, do Tribunal de Contas e do corpo técnico desta Casa foi – e ainda será – determinante para o pleno desempenho do Legislativo.
Muito obrigado a todos pelo apoio incondicional.
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À minha família, faço um agradecimento especial: vocês nunca me faltaram e sempre compreenderam as ausências que a política me impôs.
Tenho orgulho da família que tenho, por isso peço permissão para apresentá-la:
Meu filho Vinicius e a esposa Ana – que não chamo de nora, mas de filha –, que me deram os netos Vinicius Virmond Traiano e a Marcela Virmond Traiano.
Meu filho Junior e a esposa Aline, que vão me presentear com o David Traiano, que nasce em maio.
Minha filha Gabriela e o marido João, que trouxeram mais alegria à nossa família com os gêmeos Joaquim e Antonio.
Minha esposa Rose, que, com seu amor e apoio, me incentiva a continuar na quase sempre incompreendida missão de fazer política.
Rose, você me deu um presente que me emociona: as lindas Beatriz e Bianca, que se tornaram minhas filhas.
Obrigado por fazerem parte da minha vida!
Por fim, um agradecimento aos meus irmãos, que se alegram a cada conquista e permanecem unidos em qualquer dificuldade.
Sou mesmo um homem de sorte: a emoção é minha companheira constante – no trabalho e na vida pessoal.
Minha família é minha razão de viver!
Acho que é isso que chamam de felicidade!
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Esperança!
Estão certos os brasileiros ao eleger Esperança como palavra do ano de 2022.
Afinal, sem Esperança não há perspectiva de futuro. Não há sequer presente.
Mas se estamos aqui hoje é porque acreditamos que temos de construir o presente. Sem presente não há o futuro.
Esperança é também a minha palavra!
Muito obrigado a todos.
Que Deus nos abençoe.