CPI dos Planos de Saúde realiza audiência pública em Ponta Grossa

22/05/2013 13h54 | por Assessoria de Imprensa, com a colaboração do jornalista Vanderson Luiz Pereira.
Deputada Marla Tureck (PSD) durante sessão plenária.

Deputada Marla Tureck (PSD) durante sessão plenária.Créditos: Sandro Nascimento (Alep/ crédito obrigatório)

Deputada Marla Tureck (PSD) durante sessão plenária.
A Comissão Parlamentar de Inquérito dos Planos de Saúde, instalada na Assembleia Legislativa, inicia nesta quinta-feira (23) uma série de três audiências públicas no interior do estado. A primeira delas será realizada em Ponta Grossa, a partir das 10 horas, na Câmara de Vereadores do Município. Na sequência os deputados estarão em Londrina, no dia 6 de junho, e em Cascavel, no dia 14 de junho.

A Comissão foi instalada para investigar a relação entre as operadoras dos planos de saúde e os prestadores de serviço, após a Associação Médica do Paraná pedir a intervenção da Assembleia Legislativa para resolver a questão dos honorários médicos, defasados, segundo a entidade, há pelo menos dez anos.

A consequência disso é que desde abril de 2011 ocorreram três mil descredenciamentos no Paraná. “Há, claramente, uma negligência da Agência Nacional de Saúde, porque a reclamação sobre os honorários médicos não é exclusiva do Paraná, ela ocorre no Brasil inteiro. E temos visto que as empresas apresentam lucros cada vez maiores. O problema é que os médicos deixam de atender pelos planos de saúde e quem paga sai prejudicado, porque não tem a assistência do seu médico ou, pela redução de credenciados, as consultas e os procedimentos demoraram cada vez mais”, afirmou o deputado Adelino Ribeiro (PSL), presidente da CPI. A audiência pública, segundo o deputado, será uma oportunidade de o consumidor e médicos do interior apresentarem as suas queixas. “A audiência será aberta a todos que tiverem interesse em debater o tema”.

De acordo com o Procon do Paraná, no Estado foram registradas mais de 1,7 mil reclamações contra os planos de saúde apenas no ano passado, número menor apenas que o da telefonia. “É um mercado que movimenta bilhões, anualmente no estado, mas a qualidade do atendimento é questionável em muitos momentos. Quando um usuário do plano de saúde, descontente com o atendimento, sai do plano, ele volta para o Sistema Único de Saúde, que está cada vez mais inchado. Temos denúncia, inclusive, de operadoras que se negam a realizar alguns procedimentos e o paciente, que paga o plano, é encaminhado para o SUS”.

 

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