A Assembleia Legislativa promoveu sessão solene ao final da tarde desta terça-feira (20), em seu Plenário, especialmente para comemorar o Centenário do Movimento Escoteiro no Paraná. A cerimônia atendeu a uma proposição do deputado Elio Rusch (DEM), que idealizou também uma exposição de construções escoteiras no Espaço Cultural do Legislativo, utilizadas costumeiramente em acampamentos escoteiros. Organizada pela União dos Escoteiros do Brasil – Região Paraná, a exposição permanece aberta ao público até a próxima sexta-feira (23).

A cerimônia presidida pelo deputado Jonas Guimarães (PMDB) contou com prestigiamento da governadora em exercício, Cida Borghetti; do secretário de Estado para Assuntos Estratégicos, Flávio Arns; do secretário municipal do Meio Ambiente de Curitiba, Renato Eugênio de Lima, representando o prefeito Gustavo Fruet; do vereador Paulo Salamuni, representando a Câmara Municipal de Curitiba; do presidente da União dos Escoteiros do Brasil – Região Paraná, José Mário Moraes e Silva; e o membro do Comitê Escoteiro Mundial, Fernando Brodeschi, representando a União dos Escoteiros do Brasil; além de diversos deputados e lideranças comunitárias.

O deputado Elio Rusch destacou a justiça da homenagem ao centenário do escotismo em território paranaense invocando suas ações tanto aqui quanto no País: “Sem dúvida trata-se de um movimento importante para a educação e o aprendizado de nossas crianças e nossos jovens, particularmente porque se dedica a estimular a preservação do meio ambiente e de valores como a solidariedade, o espírito de colaboração e o respeito ao outro. De forma lúdica, ensina regras capazes de auxiliar a resolver problemas em situações adversas, desenvolvendo a autonomia e a independência de seus participantes”.

No Brasil o movimento escoteiro começou em 1910, chegando ao Paraná em 1915. Os precursores da atividade no estado foram Newton Guimarães e Julio Estrela Moreira. A primeira reunião com os interessados aconteceu ao pé de um pinheiro plantado em frente ao Clube Internacional, atual Arena da Baixada. A primeira apresentação oficial dos escoteiros foi na parada militar de 15 de novembro de 1915, com 23 participantes. Atualmente o Paraná conta com 105 grupos em todo Estado e 7 mil participantes.

Escotismo – O escotismo, fundado por Lorde Robert Stephenson Smyth Baden-Powell, em 1907, é um movimento mundial, educacional, voluntário, apartidário, sem fins lucrativos. A sua proposta é o desenvolvimento do jovem, por meio de um sistema de valores que prioriza a honra, baseado na Promessa e na Lei escoteira, e através da prática do trabalho em equipe e da vida ao ar livre, para fazer com que o jovem assuma seu próprio crescimento, torne-se um exemplo de fraternidade, lealdade, altruísmo, responsabilidade, respeito e disciplina.

A promessa escoteira sintetiza o embasamento moral do movimento escoteiro. No momento da promessa, os membros do movimento comprometem-se voluntariamente a conduzirem-se de acordo com a orientação moral do movimento, reconhecendo a existência de deveres que têm de ser cumpridos. Os elementos da “Promessa Escoteira” estão contidos nos “Princípios do Movimento Escoteiro”.

Lei Escoteira – Honra, integridade, lealdade, presteza, amizade, cortesia, respeito e proteção da natureza, responsabilidade, disciplina, coragem, ânimo, bom-senso, respeito pela propriedade e autoconfiança.
Quando Baden-Powell idealizou a Lei Escoteira, decidiu não estabelecer leis proibitivas, mas conceitos para formação de pessoas benévolas, para que, desta forma, o jovem escoteiro tivesse onde se espelhar e pudesse se orientar.

Desta forma, a Lei se desdobra ao curso de dez artigos, o primeiro deles assinalando que o escoteiro tem uma palavra só e que sua honra vale mais do que a própria vida. O segundo artigo preconiza a lealdada do escoteiro, enquanto o terceiro consagra a máxima de que o escoteiro está sempre alerta para ajudar o próximo e pratica diariamente uma boa ação. O sentimento de irmandade entre o conjunto dos escoteiros revela o quarto artigo, enquanto o artigo seguinte enaltece a polidez e a cortesia sempre caraterísticos do escoteiro. O sexto e sétimo artigos apontam, respectivamente, para o dever de cuidado com os animais e plantas e, depois, para as qualidades da disciplina e da obediência.

Os três artigos seguintes relacionam, pela ordem, que o escoteiro cultiva a serenidade e sorri nas dificuldades; que ele respeita o bem alheio e é ao mesmo tempo econômico; e que ele é limpo de corpo e alma, sendo franco e honesto em quaisquer circunstâncias. Emoldura o conjunto de artigos a missão global segundo a qual é preciso contribuir – pelo desenvolvimento físico, moral e intelectual – para a educação do jovem, no sentido da construção de um mundo melhor onde se valorize permanentemente a realização individual e a participação construtiva em sociedade.

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