“O que podemos fazer para nos proteger?” Essa é a pergunta que especialistas em doenças infectocontagiosas e demais envolvidos em temas relacionados a epidemias e doenças de rápida transmissão vão responder durante a audiência pública que acontece na próxima quinta-feira (13), a partir das 08h30, na Assembleia Legislativa do Paraná.

O debate tem como foco principal os riscos do coronavírus e as ações para controle e enfrentamento da doença em nosso estado.

A audiência ocorre por iniciativa dos deputados estaduais Tercilio Turini (CDN), que é médico, e Michele Caputo (PSDB), farmacêutico e ex-secretário de Saúde do Estado.

Participarão do debate autoridades de saúde, especialistas em doenças infectocontagiosas e demais envolvidos com o tema.

O evento é aberto ao público, autoridades de saúde municipal, estadual e federal que vão esclarecer sobre o que está sendo feito para prevenir casos e até uma possível epidemia da doença no Estado.

Já está confirmada a presença do secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira. Ele é o responsável pela área que coordena as ações de controle e monitoramento do novo coronavírus no país.

A programação também contará com a palestra educativa do diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, Alcides Augusto Souto de Oliveira.

Novo vírus – De acordo com o Ministério da Saúde, o novo agente do coronavírus, chamado de novo coronavírus - nCoV-2019, foi descoberto no fim de dezembro de 2019 após ter casos registrados na China.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), já são 14,5 mil casos registrados em 18 países, com 305 mortes, o que mobilizou organismos internacionais e a comunidade científica na busca por respostas sobre prevenção, transmissão e tratamento desse novo tipo de coronavírus.

No Brasil, até 03 de fevereiro de 2020, haviam 15 casos suspeitos em investigação para o coronavírus (nCoV-2019) em sete estados, mas nenhum deles foi confirmado. São Paulo é o que, neste momento, apresenta mais casos suspeitos: são 7 em investigação. Um caso está sob investigação no Paraná.

Sintomas – São considerados suspeitos e devem procurar as unidades de saúde pessoas com sintomatologia respiratória, incluindo febre, tosse e dificuldade para respirar, e que apresentam histórico de viagens para áreas de transmissão local (China) nos últimos 14 dias ou ter tido contato próximo com pessoas e casos suspeitos ou confirmados da doença.

Cuidados – As principais medidas são evitar contato próximo com pessoas com infecções respiratórias agudas; lavar frequentemente as mãos, especialmente após o contato direto com pessoas doentes e antes de se alimentar; usar lenço descartável para higiene nasal; cobrir nariz e boca ao espirrar e tossir; não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres pratos, copos ou garrafas.

Estratégias – O Governo do Estado ativou oficialmente, no início de fevereiro, o Centro de Operações em Emergências (COE) com o objetivo de definir as estratégias e procedimentos para o enfrentamento da situação epidemiológica relacionada ao novo coronavírus.

O COE reúne 16 áreas da Secretaria da Saúde e organiza, desde o dia 27 de janeiro, as ações e as informações sobre a situação de possíveis casos e notificações, no Estado, incluindo a avaliação de risco do evento, com base em critérios predefinidos pelo Ministério. O grupo é coordenado pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do Paraná (CIEVS/PR).