Depois de divulgar um manifesto de apoio incondicional à Ucrânia na defesa dos ataques da Rússia e lamentar que as negociações de paz entre os dois países não tenham avançado, a Assembleia Legislativa do Paraná, por meio da Comissão Executiva, promove na próxima segunda-feira (7), a partir das 14h30, uma sessão especial em solidariedade ao povo ucraniano. Foi o que anunciou o primeiro secretário, deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB), nesta quarta-feira (2), no início da sessão plenária, que ele presidiu na ausência do presidente Ademar Traiano (PSDB). Romanelli lembrou que, para marcar o apoio, a Casa está iluminada com as cores da bandeira da Ucrânia. Bandeira que será hasteada durante a sessão especial, que deve contar com a presença de lideranças ucranianas no Paraná, estado que abriga a maior colônia ucraniana do Brasil.
(Sonora)
Ao longo da sessão, diversos deputados manifestaram apoio ao povo ucraniano. Entre eles, Michele Caputo (PSDB).
(Sobe som)
Mabel Canto (PSC) diz que é preciso repudiar a guerra e suas consequências para os envolvidos direta e indiretamente no conflito.
(Sobe som)
O deputado Galo (PODE), relatou situações que assistiu no noticiário, classificando-as como assustadoras.
(Sobe som)
Ricardo Arruda (PSL) destacou a postura do governo brasileiro frente à guerra e defendeu a atitude de criar o visto humanitário.
(Sobe som)
Filho de imigrantes libaneses, que vieram para o Brasil fugindo da guerra, na década de 1950, Hussein Bakri (PSD), disse que o sentimento que tem diante das imagens é de horror.
(Sobe som)
União da Vitória, de onde vem Bakri, é uma das cidades paranaenses com a maior concentração de descendentes de ucranianos no Brasil, ao lado de Prudentópolis e Curitiba. O Brasil hoje abriga a maior comunidade ucraniana da América Latina, com mais de um milhão de pessoas, entre ucranianos e descendentes. 80% deles vivem no Paraná.
A maior parte da imigração ucraniana teve origem na crise agrária, a falta de terra para o plantio e a necessidade de buscar melhores condições de vida para as famílias. Ao chegar ao Brasil, o destino dos imigrantes foram os estados do Paraná e de Santa Catarina.
Para os deputados estaduais, “É inegável a contribuição das famílias de descendentes para o desenvolvimento de muitas cidades e regiões paranaenses. A Ucrânia é uma nação irmã e as violentas ações militares russas merecem total repúdio”