Assembleia suspende algumas atividades por causa do coronavírus

13/03/2020 13h53 | por Diretoria de Comunicação

Créditos: Divulgação

A Assembleia Legislativa do Estado do Paraná determinou algumas medidas para a contenção do coronavírus. Somente os deputados estaduais, servidores, profissionais de veículos de imprensa, terceirizados e representantes de entidades e órgãos públicos, todos previamente credenciados terão acesso às dependências da Casa Legislativa.

Além disso, fica suspensa a realização nas dependências da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná de eventos coletivos não diretamente relacionados às atividades legislativas do Plenário e das Comissões. Estão suspensas  as audiências públicas, sessões solenes, eventos de Lideranças Partidárias e de Frentes Parlamentares, visitação institucional e outros programas organizados pelo Poder Legislativo. 

Poderão ser afastados administrativamente por até 14 quatorze dias  os parlamentares, servidores e demais colaboradores que tenham retornado de países estrangeiros em que há comprovada epidemia de COVID-19. Quem teve histórico de contato próximo com caso suspeito ou confirmado de COVID-19 no Brasil ou no exterior. Quem apresentar  atestado em que se recomende o seu isolamento ou quarentena.  A pessoa abrangida pelas hipóteses por estas situações deve comunicar imediatamente tal circunstância, com a respectiva comprovação à :  Presidência, no caso de deputado estadual ou a chefia imediata, no caso de servidor e de colaborador.

A Assembleia Legislativa deve adotar imediatamente medidas com o objetivo de aumentar os  locais e as quantidades para disponibilização de álcool em gel e intensificar a limpeza e desinfecção de superfícies nas dependências da Casa.

Estas medidas tem validade por, no mínimo, 30 dias.

Como prevenir o contágio:

Lave as mãos com água e sabão ou use álcool em gel.

Cubra o nariz e boca ao espirrar ou tossir.

Evite aglomerações se estiver doente.

Mantenha os ambientes bem ventilados.

Não compartilhe objetos pessoais.


O que fazer para evitar o contágio?

Lavar as mãos com frequência, com água e sabão. “Álcool gel funciona também. E como nem sempre você tem uma pia por perto, então é bom ter um álcool gel na mesa de trabalho, principalmente se você trabalha com atendimento ao público”, explica a Izabel Marcílio, médica epidemiologista do núcleo de vigilância epidemiológica do Hospital das Clínicas de São Paulo. Tossir cobrindo a boca e o nariz com o cotovelo flexionado, evitar tocar olhos, nariz e boca, evitar aglomerações e manter distância das demais pessoas, especialmente das que estão com tosse ou febre.

Devo evitar viajar? E se tiver voltado de viagem da Europa, por exemplo?

“Evitar viagens é prudente, se você puder", diz Izabel. Para o caso de quem voltou de locais com muitos casos da doença, a recomendação da OMS é o monitoramento dos sintomas por 14 dias e a medição de temperatura duas vezes por dia.

Se eu tiver que viajar, devo viajar usando máscara?

“O contágio em um avião pode acontecer, mas já percebemos que com esse vírus o mais importante é o contato, conversar, ter contato e estar próximo a alguém infectado. Esse contato próximo é mais perigoso que o contato só respiratório, de só estar num mesmo ambiente", diz Izabel. “Então não tem por que usar máscara se você não está doente. Quem tem que usar é a pessoa que está doente, é ela quem transmite”.

Devo evitar usar o transporte público?

“Ainda não estamos no momento de não recomendar usar o transporte público”, diz Izabel.

Quais são os sintomas do coronavírus?

Os sintomas são de uma gripe comum. Pode ter febre ou não, tosse e dificuldade de respirar. Alguns pacientes relatam dor, congestão nasal, dor de garganta e diarreia.

Devo trabalhar de casa?

“O home office é prudente”, diz Izabel. “Ainda assim, não estamos nessa situação ainda de o home office ser uma determinação, mas esse momento pode chegar em breve”, diz a especialista.

 

Se tiver de ir ao local de trabalho, qual deve ser o procedimento?

Se ainda não há possibilidade de trabalhar de casa, evite reuniões numerosas. A Organização Mundial da Saúde também divulgou uma cartilha específica para ambientes laborais. Valem as mesmas regras de higiene: limpar frequentemente com desinfetante as mesas, teclados, telefones, celulares e outros utensílios de trabalho. Quem está com sintomas como tosse seca e febre baixa, deve ser encorajado a ir para casa (se para trabalhar de casa ou descansar, a decisão é da empresa).

Quais são os fatores de risco para a doença?

Se teve contato direto com alguém que teve a doença confirmada, se viajou para um país com muitos casos confirmados, se, por exemplo, tiver um colega de trabalho com a doença confirmada.

Quantas pessoas um doente confirmado pode contaminar?

De acordo com Izabel, cada doente pode contaminar em média 2,5 pessoas.

Como saber se eu estive em contato direto com algum doente confirmado?

Se considera contato direto quando a distância entre as duas pessoa é de menos de dois metros durante um tempo contínuo,

E quais são os grupos de maior risco?

No total, 2% das pessoas que contraíram a doença morreram, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. O índice, porém, tem variado de país. “O grupo de risco são as pessoas mais idosas, com doenças pré-existentes, como hipertensão, diabetes ou doenças obstrutivas crônicas”, diz o professor Helder Nakaya, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP. Estudo de cientistas chineses publicado nesta semana aponta os aspectos elencados por Nakaya como agravantes do quadro dos pacientes.

O que eu devo fazer se suspeitar que estou doente?

Se você apresentar os sintomas compatíveis com a doença (febre, tosse, dificuldade para respirar) e tiver viajado a zonas consideradas como foco de infecção (China, Coreia do Sul, Singapura, Irã e Itália), e tiver tido contato com uma pessoa com caso confirmado, deve procurar uma unidade de saúde. “Se no HC chegar alguém que o médico achar que essa pessoa é suspeita, ela já sai do hospital de máscara, é recomendável não usar o transporte público, que fique isolada em um cômodo da casa bem ventilado, e que não divida os talheres e copos”, diz Izabel. “A recomendação é que ela fique assim até que os sintomas desapareçam, o que dura cerca de sete dias. Mas se o resultado der negativo antes, ela está liberada”. Ela afirma que geralmente o resultado sai entre um e dois dias. “Todos os casos suspeitos estão sendo monitorados, nós ligamos diariamente para esses pacientes”.

O que fazer se eu moro em um local precário e divido o quarto com muitas pessoas, por exemplo?

A recomendação de isolamento segue sendo a mesma. “Esse é um problema que a gente já enfrenta, porque a recomendação é sempre se alimentar bem, utilizar o medicamento que dá menos efeito colateral, fazer exercícios e quem vive em condições precárias já não tem como seguir essas recomendações”, diz Izabel.

Como é o teste de coronavírus?

O teste é baseado na coleta de amostras do trato respiratório. Pode ser realizado por um profissional de saúde em casa, mas ainda é incerta a capacidade do Brasil de ter o serviço, geralmente quando o estudo de caso é assintomático ou os sintomas são leves, ou em um centro de saúde, se o paciente é internado por uma condição grave.

O Governo informou que os planos de saúde terão que cobrir testes para coronavírus. Todos os hospitais estão preparados para fazê-lo?

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que regula os planos, determinou que, sim, as coberturas privadas devem incluir os testes. A ANS, no entanto, ainda está disciplinando quais serão os tipos de teste, os protocolos e o prazo que dará às operadoras de planos para se ajustarem à determinação. Não há dados públicos sobre quais hospitais e laboratórios estão aptos a fazer o procedimento. Segundo o Ministério da Saúde, a meta é ter testes em todos os Estados brasileiros até 18 de março.

Os planos de saúde privados são obrigados a cobrir o tratamento da doença?

Sim. O tratamento para a doença já é garantido aos pacientes com casos confirmados de infecção, mas a cobertura depende da segmentação dos planos de cada paciente.

O que significa pandemia? O que muda agora?

A declaração de pandemia é consequência do número de países afetados, ou seja, de que boa parte da humanidade está potencialmente exposta ao vírus. No Brasil, até o momento, segundo o ministro Henrique Mandetta, a fase é de “recomendações” sobre a doença, mas que pode partir para “determinações”, conforme o aumento do número de casos.

 

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(41) 3350-9000 

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